quinta-feira, 30 de junho de 2011

Renascimento

Uma breve explicação em vídeo com muitas imagens sobre esse assunto que foi uma das causas do desencadeiamento da Revolução Científica.



terça-feira, 28 de junho de 2011

Nossos cientistas..

Esses foram os cientistas brasileiros escolhidos por uma revista (Caros Amigos, 2009):


Adolpho Lutz - foi um médico e cientista, pai da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil. Pioneiro na área de epidemiologia e na pesquisa de doenças infecciosas.



Vital Brazil - foi um importante médico imunologista e pesquisador biomédico, de renome internacional.


Sérgio Buarque de Hollanda - foi um dos mais importantes historiadores brasileiros. Foi também crítico literário e jornalista.


Paulo Freire - foi um educador e filósofo. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.


Anisio Teixeira - foi um jurista, intelectual, educador e escritor. Fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.


Carlos Chagas - foi um médico sanitarista, cientista e bacteriologista, que trabalhou como clínico e pesquisador. Destacou-se ao descobrir o protozoário Trypanossoma cruzi e a tripanossomíase americana, conhecida como doença de Chagas. Ele foi o primeiro e o único cientista na história da medicina a descrever completamente uma doença infecciosa: o patógeno, o vetor, os hospedeiros, as manifestações clínicas e a epidemiologia (e, ainda assim, não ganhou um Nobel).


Oswaldo Cruz - foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista. Foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil.


Nise Silveira - foi uma renomada médica psiquiátrica, aluna de Carl Jung. Dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.


Celso Furtado - foi economista e um dos mais destacados intelectuais do país ao longo do século XX.


Cesar Lattes - foi um físico brasileiro, co-descobridor do méson pi.


Milton Santos - foi um geógrafo. Apesar de ter se graduado em direito, Milton destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo.


Crodowaldo Pavan - foi biólogo e geneticista. Foi presidente do CNPq de 1986 a 1990. Foi professor-emérito da Universidade de São Paulo.


Mauricio Rocha e Silva - foi um médico, e descobriu a bradicinina usada em medicamentos de controle da hipertensão.


Darcy Ribeiro - foi um antropólogo, escritor e político conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação no país.


Mario Schenberg - foi um físico, político e crítico de arte de origem judaica. Largamente considerado o físico teórico mais importante do Brasil, Schenberg publicou trabalhos nas áreas de termodinâmica, mecânica quântica, mecânica esatística, relatividade,  astrofísica e matemática.


Florestan Fernandes - foi um sociólogo e político. Foi duas vezes deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores. Sua biblioteca foi cedida, em 1996, à BCo da UFSCar, e encontra-se no último piso (visite!)


Luiz da Câmara Cascudo - foi um historiador,  folclorista,  antropólogo,  advogado e jornalista brasileiro.


Fritz Feigl - foi um militar,  professor, químico e pesquisador austríaco, naturalizado brasileiro. Fritz foi o criador e idealizador da Análise de Toque, uma técnica simples e eficiente na qual provas analíticas são executadas numa só ou em poucas gotas de soluções sem utilizar instrumentação.


Josué de Castro - foi um influente médico, nutrólogo, professor, geógrafo, cientista social, político, escritor, ativista brasileiro que dedicou sua vida ao combate à fome. Destacou-se no cenário brasileiro e internacional, não só pelos seus trabalhos ecológicos sobre o problema da fome no mundo, mas também no plano político em vários organismos internacionais.


Gilberto Freyre - foi um sociólogo, antropólogo, historiador, escritor e pintor, considerado um dos mais importantes sociólogos do século XX.


José Bonifácio - foi um naturalista, estadista e poeta. É conhecido pelo epíteto de “Patriarca da Independência” por ter sido uma pessoa decisiva para a Independência do Brasil.


Graziela Barroso - Naturalista brasileira, a primeira dama da Botânica no Brasil, a primeira mulher a fazer um curso de graduação nesta área no Brasil. Ela teve que superar críticas e preconceitos, para anos depois, voltar aos estudos, decidida a fazer da botânica a sua vida.


Johanna Dobereiner - foi uma engenheira agrônoma pioneira em biologia do solo. A agrônoma Johanna Dobereiner é a sétima cientista brasileira mais citada pela comunidade científica mundial e a primeira entre as mulheres, segundo levantamento de 1995 da Folha de S. Paulo.



Henrique Morize - foi um  engenheiro industrial, geógrafo e engenheiro civil francês, naturalizado brasileiro. Trabalhou também como astrônomo.

A velha diferença entre Religião e Ciência


Como sabemos bem, a religião nos séculos passados era responsável por transmitir à sociedade um conhecimento que na época não era muito aberto a contradições. As pessoas aceitavam esse conhecimento por não terem outra fonte de conhecimento. A partir da Revolução Científica é que houve uma abertura e uma diversificação de pensamento. A partir disso, a ciência se fortaleceu e continua assim até o presente momento.
Porém, algo que muitos ainda não pararam para pensar é que a ciência faz agora o que a Igreja fazia antigamente: impor um conhecimento. Este, dependendo da fonte de pesquisa e se for uma fonte de confiança, será por muito tempo aceita, mas provavelmente será refutada posteriormente. Por exemplo, é comum vermos na TV que foi cientificamente comprovado que algum tipo de gênero alimentício pode ser bom ou prejudicial à saúde, adotamos essa informação e acreditamos nela; depois de um certo tempo com o surgimento de novas pesquisas é afirmado o contrário do que havia sido informado antes.
É assim que a ciência faz o papel que era feito pela Igreja, descobrindo coisas novas sempre.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Literatura e ciência

Relembrando as aulas de literatura do ensino médio, podemos encontrar pontos em que tal forma de conhecimento e a ciência se relacionam. Ora é uma que antecipa a outra, ora uma influencia a outra.

Realismo-naturalismo e Realismo

No século XIX, predominava um pensamento cientificista e racionlizante. O homem perdia sua imortalidade e agora ''vinha do macaco", os físicos penduravam as chuteiras, achando que tudo já havia sido descoberto. Os positivistas procuravam entender o homem colocando-o dentro de um tubo de ensaio (uma forma mecanicista), criando a Sociologia. Para eles, deviamos nos preocupar em "como'' as coisas acontecem, não "por que". Acreditavam que a humanidade passaria por três estágios, o teológico, o metafísico e o físico (marcado pelo triunfo da ciência, livre de superstições). A ciência parecia ter respostas para tudo, e estava nos conduzindo ao ''progresso''.
Isso tudo influenciaria a corrente literária Realismo-naturalismo, ou simplesmente Naturalismo. Criou-se o romance experimental, em que se procurava provar uma tese. Havia a influência do determinismo (o homem é produto da raça, do meio e momento histórico...). Não se faziam juízos de valor, buscava-se neutralidade, como um cientista. Algumas obras representates do Naturalismo são O bom crioulo, de Adolfo Caminha, e O cortiço, de Aluísio Azevedo.


Em desacordo com essa visão idealista, romantizada, da ciência, que lhe atribuía uma onipotência, estavam autores do Realismo. Apesar de muitas semelhanças entre o Realismo-naturalismo e Realismo, os autores deste último se preocuvam um pouco menos em ser neutros. E, também, influenciados pelo pessimismo filosófico, desconfiavam da ciência e do alegado progresso que ela poderia causar. No fundo, o homem estaria fadado ao fracasso. Isso pode ser visto na obra de Machado de Assis, por exemplo.


Seria esse embate um prenúncio da crise do paradigma?

Literatura e ciência 2

Esta aí uma resenha do livro Proust foi um Neurocientista, Jonah Lehrer:

''Vários autores já se dedicaram à árdua tarefa de escrever sobre ciência de forma que o público leigo pudesse compreender. Graças a pessoas como Carl Sagan, Brian Greene e E. O Wilson, expressões como buraco negro, memes e genes egoístas se tornaram conhecidas por pessoas em todo o mundo. Mas talvez nenhum deles tenha ousado tanto no objetivo de um livro quanto Jonah Lehrer. Ex-técnico de laboratório de neurociência e atual editor da mais popular revista de tecnologia do mundo, a Wired, Lehrer lançaria em 2007 o ambicioso livro Proust foi um Neurocientista.''

''Com ele pretendia provar três coisas. Primeiro: a ciência não é infalível. Segundo: Jamais teremos as respostas para todas as perguntas. E terceiro: Artistas, sem necessitar de equipamentos caros ou dispor de grandes conhecimentos científicos, anteciparam verdades sobre a nossa mente que a ciência só descobriria bem mais tarde. E ele consegue com louvor.''

Leia a resenha completa em: icultgen.wordpress.com.

postagem 1

rascunho

postagem 2

rascunho

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Revolução Científica

No dia 20 de abril, nosso grupo apresentou um seminário durante a aula de LPT. Nosso tema foi a revolução científica.

Como o Boaventura diz em seu texto Um discurso sobre as Ciências na transição para uma ciência pós-moderna que a ciência está numa fase de transição, resolvemos falar sobre o modelo científico anterior a esta transição, ou seja, a ciência moderna, que Boaventura chama de paradigma dominante. No seminário, tratamos mais do surgimento desse modelo, a revolução científica, do que dele em si.

Farmácia alemã do século XIII. Na antiga
alquimia, os limites entre a ciência e a 
magia eram bem pouco nítidos 
Dispnível em: Os cientistas. São Paulo: Abril
Cultural/FUMBEC, 1972.  
A ciência moderna é uma forma de conhecimento, assim como arte, religião, poesia ou astrologia (muitas vezes tachada de pseudociência). Ela é baseada na experimentação (em contraste com a teoria por si só) e na quantificação (que lhe dá rigor, em contraste com a caracterização das coisas pela qualidade).

No entanto, essa é uma atitude humana que nem sempre existiu. No Antigo Oriente, faltava ao conhecimento de então certa sistemática e a busca por generalizações. Elaboravam-se “receitas” para problemas específicos.

Já na Grécia Antiga, surge algo mais parecido com a ciência moderna. O predomínio do comércio e artesanato sobre a agricultura, e uma maior liberdade de expressar suas ideias,  permitiu ao homem grego questionar suas tradições, criando a democracia, a filosofia ocidental e a ciência teórica.

No entanto, havia um preconceito contra a experimentação, pois as atividades manuais não eram dignas de homens livres (escravos, servos e mulheres não participavam da democracia).

Na Idade Média, houve um exôdo urbano (talvez o primeiro da história) devido ao colapso do Império Romano e às invasões bárbaras. As pessoas fugiam para os feudos, o que restringia a circulação de ideias. Apesar do predomínio da visão transcendental sobre a terrena e da vida agrária, é questionável falar em Idade das Trevas. Afinal, houve o desenvolvimento da lógica com a escolástica.

Na transição para a Idade Moderna, com as Cruzadas e o ressurgimento das cidades e do comércio, a classe social emergente, a burguesia, precisava de novas manifestações artísticas, filosóficas e científicas de acordo com seus valores.

Assim, o Renascimento resgatou idéias da Antiguidade Clássica. Com a reforma religiosa, a Igreja perdeu influência, o que permitiu uma diversificação de pensamentos. A invenção da imprensa facilitou o acesso ao conhecimento. E as grandes navegações levaram o europeu, que presenciava formas de se ver o mundo diferentes da sua, a um ceticismo.

A esse processo de mudanças, pelas quais a ciência passaria após o Renascimento, o historiador francês Alexandre Koyré chamaria, em 1939, de Revolução Científica. No entanto, há um debate em torno deste termo. Para alguns historiadores, não houve uma ruptura e sim um desenvolvimento intelectual contínuo entre a Idade Média e a Idade Moderna. (Leia mais em en.wikipedia.org).  

Apesar de, como já foi dito neste blog, não podermos considerar a ciência como mero produto de grandes homens, é importante lembrar de alguns. Como Francis Bacon, um dos principais defensores do empirismo (experimentação), e Descartes, para o qual a matemática deveria ser a linguagem da ciência.

Logo, a ciência moderna, um conhecimento sistematizado, influenciaria profundamente o pensamento ocidental, racionalizante, como diz Boaventura:
"A consagração da ciência moderna nestes últimos quatrocentos anos naturalizou a explicação do real, a ponto de não o podermos conceber senão nos termos por ela propostos." (1988, p.68).

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ciência: produto de grandes homens?

A impressão que temos ao ler um pouco sobre a história da ciência é de que ela só progride graças a certos figurões. Copérnico e Kepler na astronomia, Newton e Galileu na física, Darwin na biologia... 

Na foto abaixo, vemos cientistas na Conferência de Solvay. Entre as ''personalidades'', estão Einstein, Bohr, Max Planck, de Broglie, Schrödinger, Pauli (o do princípio de exclusão de Pauli, lembram?), Heisenberg, nomes tão familiares em nossas aulas de Química sobre mecânica quântica.


Conferência de Solvay, 1927. Dos 29 participantes, 17 são ganhadores do prêmio Nobel
Disponível em: Commons
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Erwin Schrödinger ,1933.
Disponível em: Commons.
Lembrando que esse tal de Schrödinger não deixou apenas sua equação, tão importante para físicos e químicos, mas também um legado para nós, futuros biólogos. Afinal, seu livro What Is Life? influenciaria Watson e Crick, descobridores da estrutura do DNA, outros figurões.

Parece que o conhecimento se concentra sempre em torno das mesmas pessoas, que para se ter resultados na ciência é preciso ser "o cara".

O que acontece é que esquecemos que havia toda uma estrutura de apoio a estes cientistas. Universidades, professores, outros cientistas, faxineiros de laboratório... A lista cresce, e podemos dizer que sem esse apoio muitas das descobertas científicas não seriam possíveis.

"Uma andorinha só não faz verão''. Um cientista, também.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O que é Ciência?


Ciência (do Latim scientia, significa “conhecimento”) refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemática. Mas como obter esse conhecimento?
A busca por conhecimento é uma prática muito antiga, onde os humanos procuram respostas dos problemas mais simples até os mais complexos do dia a dia. Muitas dessas respostas eram explicadas com a ajuda da mitologia ou de crenças religiosas. A partir do momento em que o homem passou a questionar estas respostas usando a razão e não mais suas crenças, foi possível obter respostas mais plausíveis e realistas. Esse conhecimento que se busca só é adquirido por meio de algum método científico, ou seja, na prática.